domingo, 9 de fevereiro de 2014

Planejamento Terapêutico em cuidados paliativos

Os cuidados paliativos têm por objetivo:
. Evitar o sofrimento evitável
. Acompanhar o sofrimento inevitável
. Oferecer conforto e a segurança que permitam morrer em paz, de acordo com valores e preferências pessoais.

Com isso podemos perceber que os cuidados paliativos não são voltados para a doença nem no tratamento da doença, são voltados para o bem estar e conforto do paciente. Assim possibilitando uma melhor qualidade de vida diante de uma doença ameaçadora da vida. Com enfoque não só no biológico, mas também no psicológico e social.
Para a aplicação de cuidados paliativos é essencial identificar o caminho através de uma boa avaliação dos sinais, sintomas e sofrimento do paciente e após isso a aplicação e um planejamento terapêutico.

O planejamento terapêutico é composto por:
Avaliação
Explicação
Manejo
Monitorização
Atenção aos detalhes

A avaliação é o ponto de partido para o planejamento terapêutico e ela é fundamental na identificação das necessidades do paciente. Para avaliação do paciente podem ser utilizadas algumas escalas:

Figura 1: Avaliação funcional Karnofsky.



Fonte:  http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842010000700007
Essa escala é essencial para a determinação do prognóstico do paciente, através da capacidade funcional.

Figura 2 : Escala de avaliação de sintomas de Edmonton.



Avalia a intensidade dos sintomas percebido pelo paciente.
A avaliação pode  facilita a relação médico-paciente, pois além da informação prognóstica ser crucial para ajudar na definição e planejamento terapêutico, a análises de parâmetros de custo benefício e metas realísticas são essenciais para cuidados paliativos de boa qualidade.

Os sinais e sintomas mais comuns de doenças ameaçadoras da vida são:
. Dor
. Náuseas e Vômitos
. Sintomas Intestinais
. Delirium
. Ansiedade e depressão
. Caquexia e anorexia
. Dispnéia
. Fadiga
         
          Dentre os sinais e sintomas o principal é a dor. A dor é um sintoma extremamente complexo de se avaliar, pois a dor total compreende a dor física, dor espiritual, dor social e dor emocional. Em cuidados paliativos deve se tomar muito cuidado com o tratamento da dor, para não se tratar apenas a dor física, já que nesses pacientes o emocional, o social e o espiritual são de extrema relevância. Nesses paciente a dor é resgatada ao sofrimento, sofrimento que não se caracteriza apenas pelo lado físico, mas também pela compreensão do contexto pscicossocial. 
Para tratamento da dor total deve-se associar o tratamento farmacológico ao não farmacológico como crioterapias, calor superficial, exercícios, posicionamento, massagem, distração, relaxamento, psicoterapias entre outros.

REFERÊNCIAS:

Waterkemper R.; Reibnitz K. S.; Monticelli M. Dialogando com enfermeiras sobre a avaliação da dor oncológica do paciente sob cuidados paliativos. Rev. Bras. Enferm. Vol 63 no.2 Brasília Mar./Apr. 2010.

Fonseca A. C; Mendes W.V.J; Fonseca M. J. M.; Cuidados paliativos para idosos na unidade de terapia intensiva: revisão sistemática. Rev. Bras. Ter. intensiva vol. 24 no. 2 São Paulo Apr/June 2012.



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